Em 2004 já me fazia confusão a incrível insistência na "via do diálogo" defendida por Mário Soares, acerca dos terroristas. Como o que então gatafunhei continua a precisar de publicidade, reavivo-o aqui:
Mário Soares diz que se deve dialogar com os execráveis dos terroristas para tentar "resolver a situação", sendo que a "situação" é andarmos todos cheios de medo dessa cambada de idiotas.
Soares leva-nos assim a pensar, por analogia, que acredita ser possível rotear uma serra, falando com ela.
Lastimavelmente não é: é necessário ferro e fogo:
"durante os trabalhos de arroteamento e terraceamento que antecede a plantação da vinha, nomeadamente através de mobilizações profundas com desagregação forçada da rocha e consequente aprofundamento do perfil e modificações na morfologia original, acrescida da incorporação de fertilizantes"
Só depois - ó deuses!, como é extensa a quantidade de coisas necessárias! - é que vem o vinho.
Nota: Conheço bem o poder do Verbo. São de facto as palavras que constroem os mundos. Mas esta magia tem uma fraqueza: são necessários ouvidos. Falar com rochas não dá nada. Sim, rochas.
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