Os sinais que começam a aparecer quando a injustiça social ultrapassa o aceitável são óbvios. Actos desesperados de pessoas de carácter completamente pacato, actos tresloucados de outros, mais sensíveis, que ensandecem, aumento da frequência dos crimes vulgares com diminuição da idade dos salteadores e com chocante desprezo pelas forças de segurança e pela Lei. É vê-los nas notícias.
A polícia, que não há meio de evoluir (outro esforço de Guterres que deu em nada), responde contemplativamente. E, pior, desculpa-se com os tribunais, com a Lei, que sistematicamente, segundo diz a polícia, bloqueia os seus intentos.
As pessoas vão acenando com a cabeça que sim, perante esta conversa perigosa e falsa.
Falsa porque toda a gente - incluindo os juízes, se calhar até com mais vontade - quer encurtar a rédea a essa cambada. Perigosa porque levianamente se põem em causa os direitos civilizacionais dos cidadãos honestos.
Esta leviandade é apenas um exemplo mais da falta de noção da importância e do significado dos conceitos fundamentais que grassa entre nós.
Para controlar meia-dúzia de parvos que arruínam a tranquilidade de milhares de famílias, não é necessário retirar os direitos democráticos aos cidadãos. O que é necessário é que a polícia faça o seu trabalho bem feito. Para variar.
A próxima vez que ouvirem um polícia dizer “nós sabemos muito bem quem são mas os juizes põem-nos na rua” respondam ao menos com um provérbio condizente com a estupidez: Enquanto a vara vai e vem folgam as costas mas se o vaivém for rápido, folgam pouco.
E é isso que nos queremos.
PS: Como sabem vivemos num sistema que avalia tudo numericamente, estatisticamente. É pois absolutamente necessário contactar a polícia com persistência publicitária para que o nosso desagrado exista aos olhos dos responsáveis.
Façam-no, sim?
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