O governador do Banco de Portugal é um homem 100 % honesto.
Com esta história do BPN, começo a ver que há jornalistas a criar as confusões do costume. E, coisa mais estúpida e injusta não pode haver, começam a criar dúvidas sobre a honestidade e seriedade do governador. Idiotas.
Os homens que têm tudo o que alguma vez sonharam e mais - os homens felizes - são sempre honestos.
O problema não é isso. Como já aqui disse, de muitas formas, o que se passa com o senhor governador e outros como ele (há muitos outros em situações parecidas) é que são vítimas de projecções mitológicas da populaça. Fazem deles deuses(1), atribuiem-lhes capacidades de super-heróis e, coitados, não só nunca as tiveram como a cada dia que passa, com o alzheimer e tantas outras maleitas da velhice, têm diminuídas as verdadeiras. O rei vai nu.
É só isso, apenas isso, nada mais do que isso.
E como é provável e compreensível que tenham acabado por acreditar eles próprios nessas extraordinárias capacidades (e para isso bastam simples imperativos morais para auto-justificar tais ordenados e conseguirem dormir descansados) precisam mais de ajuda do que de castigo.
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(1): Quando alguém nos pergunta se somos um deus a resposta é, já se sabe, "sim"!
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