Se o esquecerem, garantem para muitas décadas que a direita governe Portugal, não de forma amável e delicodoce, como esteve neste ano eleitoral (e está agora a pensar que nos engana com Ministérios da Cultura), mas de forma vingativa e agressiva.
A direita que se vai levantar das cinzas de um Governo de esquerda, caia ele pelo PS, pelo BE ou pelo PCP, falará a mesma linguagem que hoje usam Nuno Melo, Paulo Rangel e os articulistas do Observador. E, por trás dela, em formação regular e militar, estarão os anónimos comentadores, genuínos e avençados, que pululam nas redes sociais, que espumam de fúria e falam numa linguagem que torna o pior do PREC num conjunto de amabilidades. Estes anos de crise do “ajustamento” alimentaram todos os monstros e deram-lhes uma sustentação em fortes interesses, que eles sabem muito bem quanto é perigoso o que se está a passar para a hegemonia assente no autoritarismo do “não há alternativa”.
Quando os salários e as pensões forem recuperados, como aliás a coligação também disse que ia fazer, para quem vê o que recebe no fim do mês aumentar, faz toda a diferença saber se isso vem de um Governo de esquerda, que lhe dirá que o faz porque isso é a reposição de um direito que foi sonegado, e que é bom para economia, ou da coligação PSD-CDS, que lhe dirá (se o fizer) que isso se deve à justeza da sua política económica e quererá dessa eventual devolução justificar outros cortes de salários ou pensões e, mais grave ainda, o corte de direitos económicos, sociais e políticos, para prosseguir a mesma política de desigualdade social. Insisto, faz toda a diferença e as pessoas sabem isso.
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a casa medíocre do Portugal submisso onde as hierarquias do poder e do dinheiro fazem o que querem, para além da lei e da ética.
e aqui
E aqui chegados, como está Portugal?
Vejamos alguns elementos caracterizadores dos resultados concertos a que “os do arco” conduziram o nosso país:
Pobreza, fome e acesso a alimentos básicos. Secretário de Estado da Alimentação. Para quem tiver dúvidas, consultar:
http://www.rtp.pt/noticias/pais/mais-de-metade-da-populacao-portuguesa-nao-tem-acesso-a-alimentos-basicos_v866472Mais de 50% da população portuguesa não tem acesso a alimentos básicos como carne, peixe ou vegetais.
Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação, refere que o maior problema no quadro português é referente à subnutrição de idosos e crianças.
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Sobre a intervenção das escolas na ajuda social às famílias, o secretário de Estado da Alimentação refere que o Ministério da Educação tem feito esforços no sentido de dar complemento nutricional e colmatar carências em grupos mais vulneráveis.
Enunciem-se agora as tão propaladas “vitórias” alcançadas no reinado dos últimos Visigodos da Península Ibérica, passos & portas & gaspares & relvas & macedos & cavacos & cia, entre 2011 e 2015:
a) – Dívida pública: + 35% do PIB. Entre 31/05/2011 e 31/05/2015, passou de 164 384 milhões para 224 155 milhões de euros, ou seja, em 4 anos, a dívida aumentou em 59,9 mil milhões de euros, o que dá o extraordinário valor 1,7 milhões de euros por hora.
Paulo Portas diz que deixou a “casa arrumada” com o crescimento da dívida em 1,7 milhões por hora.
Por cada português, Sócrates deixou uma dívida de 15 650 euros e a Coligação atingiu a 31 de Maio o valor de 21 350 euros.
Para que serviram os aumentos de impostos, os cortes de salários e pensões? e a ausência de obras?
b) – PIB: -7%
c) – Desemprego: Oficial:12,4% em 2011; 13,7% em 2015; Real: 15,6% e 24,8%; (Real + Subemprego): 19,4% e 29,0% correspondendo estes a cerca de 1,7 Milhões de pessoas.
d) – Emigração forçada: + 400 mil /Segundo últimos dados oficiais, mais de 2,4 Milhões de portugueses emigrados só comparáveis com os anos de 1960/70;
e) – Impostos: Brutal aumento
f) – Salários e Pensões: cortes cegos
g) – Saúde e Educação: cortes cegos
h) – Pobreza: + 4 Milhões de pobres, com 2 Milhões a viverem abaixo do limiar
i) – Desigualdades: Aumento brutal
j) – Fome: Atinge + de ¼ das crianças e idosos
l) – Património: Venda ao desbarato do melhor que existia
m) – Novos milionários: + 40 mil.
SERÁ ISTO QUE QUEREM MANTER OU, SE VOS DEREM TEMPO, ATÉ AGRAVAR?
E dos mais de 40 mil milhões para a banca, não se fala?!
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