Thursday, August 1, 2019

Miseráveis nas suas abominações. Ainda e sempre.


"(...)por entre índios que chamam tapuias e que é uma geração de gente bestial e feroz, porque andam pelos bosques, como manadas de veados, nus, com cabelos compridos como mulheres; e sua fala é muito bárbara e eles mui carniceiros: trazem flechas ervadas [envenenadas] e dão cabo de um homem num instante.
(…) Há muita caça, assim de animais como de aves; há uns animais que se chamam antas, pouco menores do que mulas, e parecem-se com elas senão que
Tapirus terrestris
tem os pés como de boi. Também há muitos porcos monteses, e outros animais que têm uma capa por cima à maneira de cavalo armado; há raposas, lebres e coelhos, como em nossa terra. Há muitas castas de macacos, entre os quais uns pardos com barbas como homens; há veados, gatos monteses, onças, tigres e muitas cobras (…). Há umas aves que são como perdizes, outras como faisões, com outras muitas diversidades, e vimos também em poder dos índios duas avestruzes.
“Mas o fruto mais sólido desta terra parece que será quando se a for povoando de cristãos. Que Deus Nosso Senhor por sua misericórdia tire estes miseráveis das abominações em que estão e a nós outros dê sua graça, para que façamos sua santa vontade." – Azpilcueta Navarro, relatos de viagem.


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