Tuesday, May 15, 2007

Labéu corrosivo

Pela quantidade de vezes que o ajeitou decorosamente, parecia que Fátima Campos estava com uma certa vergonha do decote.
Pena de não ter tido vergonha de dizer as parvoíces do costume acerca da Internet, a extraordinária e maravilhosa Internet.

"Os maus genes da condição humana têm nas novas tecnologias paraísos nunca antes imaginados."

"A organização das redes de pedofilia e a planificação de raptos cruzam caminhos na Internet."

É impressionante. Parece uma k-7 pirata.


É como falar de Jesus Cristo dizendo que não passava de um vagabundo mal-cheiroso com ataques de ira e alguns truques na manga que liderava um gang de libertinos.

Atirar pérolas a porcos: eis a frase que se adequa à reacção destas pessoas ao manancial de possibilidades espantosas que, a melhor coisa que há no mundo, a Internet, oferece.

É a diferença entre ouvir alguém mexericar num piano ou ouvir esse mesmo piano tocado por Lyle Mays.

Ao olhar para um piano tem de saber os tesouros infinitos que ele contém.

Do mesmo modo que se não olha para uma jornalista não ligando a mais nada a não ser ao seu par de mamas. Pelo menos não se deve.

Já viram o que é estar a senhora a elucidar o mundo que a Internet só serve é para pedófilos e outros patifes e em vez de estar a saborear tão doutas palavras estar é a espreitar-lhe o decote e a pensar "ainda lá terei algum viagra?".

Alguém já ouviu esta gente falar do que realmente se pode fazer (e que graças a Deus sempre se vai fazendo) com a Internet - a não ser a falar sobre criancices e com sorrisinhos condescendentes nas fuças?

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