Tuesday, December 23, 2008

Qui má onda

Fico tão alterado que não consigo escrever sobre esta barbaridade de andarem a queimar milhões numa merda de uma empresa tão boa que nem com 12 horas de trabalho por dia e paletes de milhões de euros se safa.
Prouvera aos céus que alguém a reduzisse a escombros. Cantaria canções cómicas sobre as suas cinzas. (E que belos empregos - desta vez com horário civilizado - se arranjariam a reconstruí-la).

O comentário, na rádio, de Sarsfield Cabral (o Chico, não o Zé) foi constrangedor: à moda europeia, disse duas coisas contraditórias, mutuamente exclusivas, como se estivesse a falar de física quântica, quando lhe perguntaram que é que achava da enormidade de este desalternativado governo que temos querer esforçadamente estourar mais não sei quantos milhões numa coisa que só contribui com miséria humana para a infelicidade deste país.

Tirando os ministros, todos nós sabemos quais as empresas que trabalham bem, que dão empregos normais, as empresas que vale a pena ajudar e a manter activas. Todos, em todas as cidades, em todas as vilas, em todas as aldeias, sabem quais são. Só estes socialistas, com a vista enevoada por brumosos milhões especulativos, as ignoram.


Entretanto o rendimento mínimo, soube-o hoje de fonte oficial, só chega sexta-feira. Talvez os miseráveis não tenham força de se amotinarem e nos deixem passar o Natal sossegados. Ou talvez não.
Ou talvez não.

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