Ficção

A Gaialivro vai editar brevemente um livro de ficção cujo tema é o impacto que a Internet tem nos habitantes duma aldeia isolada algures nas montanhas da América do Sul. O pormenor é que a Internet não só não precisa de fios como nem precisa de nada: vai directa para o cérebro e é essa a razão que torna o impacto inevitável...

Bom, a minha ideia é mais antiga, baseia-se na mesma tecnologia, mas é melhor: Brainet, a rede de cérebros.
Tornou-se possível ligar uns cérebros a outros com uns simples aparelhos emissores/receptores. Como consequência começam a formar-se super-cérebros: pessoas que estão ligadas a muitas outras, partilhando assim as capacidades e conhecimentos umas das outras mas de um modo totalmente verdadeiro.
E perdendo intimidade...

Os super-cérebros têm de carregar os emissores e são, por isso, imediatamente reconhecidos em qualquer situação. (Estão a imaginar alguém com 200 ou 300 aparelhos à volta da cabeça? Estão a imaginar com que cara se fica ao sentir 200 vidas...? Que personagens! (desenhe-as!)

Uma vez que se ligue a outro cérebro, minutos que sejam, fica-se 'apanhado' porque o estado normal passa a gerar um desprezo insuportável...

Os casos extremos (imaginem um super-cérebro correspondente a 200 ou 300 pessoas com as mais variadas capacidades e formações) são as personagens-fonte da história.

Os IQ100 (são assim conhecidas as pessoas que recusam usar a tecnologia) começam a assustar-se e a defender a necessidade de eliminar os super-cérebros e a tecnologia... A tiro.

O assédio para partilha de cérebro passa a ser muito mais importante do que o assédio amoroso, claro.

Nas empresas é exigido normalmente que os trabalhadores das mesmas secções se liguem...

Surgem rumores que já existem hackers: alguém que está ligado a nós sem nós sabermos e sem contrapartida...

Para quem gosta de começos sempre desvendo que tudo isto começou qundo foi descoberto um caderno de notas de Tesla.
Inverosímil, bem sei, que ele não escrevia nada, mas...