Thursday, March 9, 2023

Do género cuidadoso

"No meu tempo" ser engenheiro, jornalista ou arqueólogo era, julgava eu, uma grande coisa na medida em que, pelo menos, queria dizer "inteligência". 
Agora, engenheiro sou eu, imagine-se!, "jornalistas" são completos palhaços e arqueólogos, umas bestas. 
Tendo acabado ver notícias de mais um acidente de comboio, reparei que uma delas, em vez de dizer "uma mulher de 56 anos" dizia " uma pessoa". E preparava-me para resmungar acerca do quão ignorante seria preciso ser para nem sequer cumprir o mais básico dos "princípios das notícias".
E depois lembrei-me que estamos em 2023 e que não é impossível que esse termo tenha sido escolhido com propósito. Que podia bem ser uma pessoa cuidadosa em relação à realidade atual...

Sem surpresa, não é o caso. É pior que analfabetismo: um completo e total alheamento. Um simples "encher chouriços". Um copy/paste comatoso.


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