
Alfred Kinsey, autor do best-seller que vêem na imagem à esquerda, era um pacato e intelectualmente honesto professor que passava os dias a medir vespas.
O destino levou-o ao que conhecemos porque lhe atribuiram uma disciplina equivalente a "Educação Sexual". Ao procurar fontes de informação para preparar as suas lições (eu avisei que ele era intelectualmente honesto) não encontrou nenhuma. Viu-se obrigado, pela sua honestidade, a obter ele próprio essas informações. O resto é história. (Já referi que ele era um homem honesto, já?)
No seu trabalho sobre as vespas, Kinsey descobriu uma expressão da natureza da maior importância.
Se trocássemos todas as vezes que se menciona esterilmente Einstein, por este princípio, o mundo seria com certeza melhor.
É uma só palavra, contudo as implicações que abre são imensas: variabilidade. A natureza gosta de se exprimir com enorme variabilidade.
Kinsey descobriu diferenças de 1700 % em características das vespas, por exemplo o comprimento das asas.
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Esta decoberta nunca foi devidamente explorada. E contudo penso que seria muito mais eficaz 'sociologicamente' do que dizer que somos geneticamente muito iguais...
Kinsey antes de começar a estudar o comportamento sexual das pessoas já desconfiava que o que se dizia não podia ser verdade. Faltava um dos ingredientes principais da natureza: a variabilidade. E, algo também familiar a Kinsey, se as vespas têm comportamentos sexuais muito diversificados e extremamente elaborados não é nada de estranhar que o mesmo se veja em seres humanos.
O que ele publicou afectou profundamente toda a gente.
Mas não surpreendeu quem passava os dias a estudar vespas.
Claro que Alfred, entretanto, aproveitou para se divertir, como não?
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