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Lello: provincial: crianças. Hello! |
Simplesmente não sei o que leva os nossos linguistas a estar sempre a idolatrar esta porcaria de dicionário que padece de tantos defeitos subtis mas graves o suficiente para o ter na prateleira detrás de um vidro com um autocolante "quebrar em caso de emergência".
Não é um bom dicionário, longe disso. Um bom dicionário não é o que se concentra nos casos limite. Au contraire!, um bom dicionário é o que se concentra no bom uso das palavras que pertencem de facto ao vocabulário. O resto é por acréscimo.
Um dicionário é um instrumento. É uma morgue onde se fazem autópsias e exames periciais, não um hospital .
Acho que nunca consultei o Houaiss eletrónico sem lhe ver defeitos.
Apesar das falhas - tão transparentes que não causam dano - o melhor dicionário que conheço é o velho Lello Universal.
"Não fazer mal", o lema dos médicos, também devia ser o lema dos dicionaristas. O Lello não faz mal, não desilude, porque não ficamos chocados de o ver falhar, nem nos engana. Pode não nos ajudar, pode elucidar-nos e até, às vezes, surpreender-nos. Não nos faz mal. É uma pessoa com muitos defeitos mas fácil de entender. O Lello falha onde se espera que falhe. O Houaiss falha, jurando que não, onde falhar é indesculpável.
O Houaiss usa abreviaturas. Ho aisss! Ho aiss!
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Um dicionário que cinde palavras! Um dicionário que não define palavras que usa para definir outras. Um dicionário que parece saber muito mas na verdade é estúpido. |
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